Microsserviços vs arquitetura monolítica: como alcançar a eficiência operacional?

Nos últimos anos, muitas empresas têm adotado a arquitetura de microsserviços em busca de maior escalabilidade e flexibilidade em suas operações. No entanto, uma nova tendência começa a surgir no mercado de tecnologia, chamando a atenção para um movimento inverso: o retorno do uso de arquitetura monolítica de ambientes de microsserviços já consolidados.
Recentemente, a equipe de engenharia do Prime Video da Amazon divulgou um estudo de caso revelando como eles abandonaram a arquitetura de microsserviços e adotaram um monolito, resultando em uma economia impressionante de 90% nos custos operacionais. Vale lembrar um fato que curioso é que a mesma Amazon foi pioneira e “garota-propaganda” de arquiteturas orientadas a microsserviços, e essa mudança de paradigma agora pode parecer contraintuitiva para muitos, pois os monolitos têm sido criticados por sua suposta falta de escalabilidade e maior suscetibilidade a falhas em comparação com a abordagem de microsserviços. No entanto, a experiência do Prime Video da Amazon nos mostra que essa não é necessariamente a realidade.

Facilidade e eficiência

Reconhecemos as vantagens de microsserviços, principalmente no que se refere aos recursos de escalabilidade, entretanto, os resultados do mundo real de toda essa teoria, finalmente deixam claros que, na prática, os microsserviços talvez tragam uma complexidade desnecessária para os sistemas, e no final das contas os departamentos de T.I das empresas têm buscado muito mais a eficiência operacional, redução de complexidade e otimização de desempenho.
Um dos principais benefícios do uso de arquiteturas monolíticas é justamente a redução da complexidade do sistema. Ao contrário da abordagem de microsserviços, onde várias partes do sistema são divididas em componentes independentes, o monolito concentra todo o código e funcionalidades em um único ambiente integrado. Isso elimina a necessidade de gerenciar, coordenar e monitorar vários componentes separados, simplificando o processo de desenvolvimento, implantação e manutenção do sistema. Além disso, essa centralização permite uma melhor otimização de desempenho, pois o código é executado em um único ambiente, minimizando a latência e as interações entre os componentes.

Qual a solução ideal?

Embora a adoção de monolitos e servidores bare metal possa parecer uma abordagem antiquada em um mundo de tecnologias em constante evolução, é importante lembrar que o universo da T.I é feito de ciclos, onde uma tendência arquitetônica é ridicularizada por ser considerada arcaica em um um ano, e pode ser a nova moda no ano seguinte, além disso, a eficácia da tecnologia nem sempre depende de ser a mais recente. Cada empresa é única em termos de seus requisitos, recursos e objetivos. Ao escolher a arquitetura de sistemas mais adequada para suas necessidades, é possível alcançar benefícios significativos em termos de custos, eficiência operacional e escalabilidade. A chave está em entender as demandas e características específicas do negócio, avaliar as vantagens e desvantagens de cada abordagem e tomar uma decisão informada.

Conclusão

A tendência de migração de microsserviços para ambientes monolíticos e servidores bare metal no contexto da arquitetura de sistemas, destaca a importância de considerar todas as opções disponíveis e escolher a abordagem que melhor atenda às necessidades de cada empresa. Embora os microsserviços tenham ganhado popularidade nos últimos anos, arquiteturas monolíticas oferecem benefícios como a redução da complexidade do sistema, otimização de desempenho, maior controle e segurança aprimorada. É fundamental avaliar cuidadosamente as características e requisitos específicos antes de tomar uma decisão. Ao encontrar a combinação certa de arquitetura e infraestrutura, as empresas podem impulsionar sua eficiência operacional e alcançar seus objetivos com sucesso.